Em tempos de democracia e de liberdade de imprensa, em que o Brasil graças a Deus se encontra hoje, é um absurdo a contínua violação dos direitos humanos que vem acontecendo no município de Serra do Mel. Os que deveriam cuidar do bem da comunidade, nem sempre estão administrando os bens públicos em benefício dos mais necessitados, mas sim em benefício de poucos privilegiados. O caso mais gritante é a distribuição da água do poço cavado com os esforços do Padre José Venturelli, cujas águas em algumas vilas chegam em intervalos que variam de 1 à 5 meses sem falarmos aqui da sangria contínua produzida pelas centenas de ligações clandestinas para as cisternas de alguns lotes privilegiados para dar de beber a seus animais e irrigar suas plantações.
O pior de tudo que aconteceu em Serra do Mel até nossos dias de hoje, foi o cruel assassinato de Edinaldo Filgueira. Analisando o contexto do fato ocorrido, o povo das vilas chegou à conclusão de que essa morte não foi devida a acerto de contas nem a um latrocínio e muito menos a uma vingança. Isso por que a vida de Edinaldo é como um livro aberto em que só estão escritas boas ações em favor das pessoas mais simples e das comunidades. Ouvindo os testemunhos dados pelos seus ex-alunos, colegas do Conselho Tutelar, dos internautas da Serra do Mel que ele ajudava, amigos, familiares e o povão em geral, todos a uma só voz afirmam que ele foi uma pessoa que só fazia o bem, pronto a ajudar a qualquer hora e que não tinha nenhum inimigo pessoal. Algumas pessoas chegaram a dizer que ele tinha a língua solta e dizia coisas que não agradavam a pessoas de posição social destacada e, além disso, afirmava que não tinha medo de ninguém.
Diante de tudo isso a maioria dos moradores da Serra do Mel entende que Edinaldo estava se tornando como um espinho na garganta dos poderosos da Serra e que estes incomodados estariam por traz de sua morte. Será que a Serra do Mel está voltando aos tempos dos Coronéis do Mato???
